3.07.2008

A nosatalgia, Anestesia






Eu trago comigo:
As palavras de poetas melhores que eu
(Mas não as digo, leia-as se quiser)
O desejo de não sei o que
E vazio sensato da Aline.

Uns trocos de lembranças torpes
De um inteiro que já fui um dia.
Um bafo amanhecido de vinho,
E um cigarro engasgado pela falta do hábito.

Trago em mim um rio de areias brancas e negras
E um deserto de oceanos infinitos,
Pra dizer quem sabe alguma coisa certa
Sobre um lugar que pra mim,
Nunca fez o menor sentido.

19/7/2005

Engraçado com só depois de alguns anos, agente pode olhar para trás e perceber que se conhecia muita mais do que imaginava.


7 comentários:

Salve Jorge disse...

A nostalgia
Que anestesia
A nós
Os anos
Ungia
Tantas partes
Que viram artes
De sê-la
Mesmo sem sabê-la
Bela
Sois tela
Incerta
E entreaberta
A toda esa magias que vertes
Pelos vértices
Pelas arestas
Anestesia
De anos que teria
Que tem
Como ninguém
Dona das Larografias...

PollyAna disse...

estranhamente engraçado! o texto disse bem e a foto caiu perfeitamente...beijos

Naeno disse...

QUEM MATA A MULHER

Quem mata a mulher
Destrói o começo
O lado da luz que não se vê
É como se alguém tapasse
O infinito pelo avesso.

Quem mata a mulher
não acaba apenas
o que está em carne
e vida.
Mata todas as certezas
do que há de vir.
Confunde sabedoria e força
Mistura amor e forca
E morre no que mata.

Quem mata a mulher
Conclui o futuro
represa a vocação
e a expressão das flores,
Invalida o Ministério das
Minas e Energia.

Amar é ter coragem
De eternizar.

Uns querem amar
Outros querem à margem.

Um beijo
Naeno

Juno disse...

Bonito. Bem legal aqui. Voltarei ;-)

Abraços

Lady J. disse...

adorei!!!!!!
ando meio sem tempo para as visitas, não repare viu?
abração!

Vinícius disse...

.

por que será que nostalgia traz sempre um ar meio triste, embora nem sempre as lembranças nostálgicas sejam de momentos assim...?

.

Anônimo disse...

Sempre caprichando... beijos!!!