5.11.2010

Da chuva



Ela tinha a chuva como uma grande amiga. Uma poderosa maga que a levava aos céus mais altos que às nuvens negras e iluminadas. Não temia molhar-se, tampouco sentir seu sabor de vento e água. Extraía a poluição e guardava para si a sabedoria dos ciclos, da vida, das chuvas que caíram bem antes do mundo ser assim. E por alguns breves segundos, sentia-se evaporando junto ao chão quente em que pisava. Seu espírito se acalmava e tomava-se da certeza de que era livre como devia ser. Pelo menos enquanto chovia.

Lara.


Um excelente dia!!


2 comentários:

Salve Jorge disse...

Se há Lara
Nada de saara
Pois dizem que é como Odara
E não seria coisa rara
Se a chuva a tiver como a criatura mais cara
E daí vir um chuvaréu
Pois se há Lara
Tudo tem gosto de escarcéu
E nem mesmo o céu
Quer perder a chance de participar...

Anna Flávia disse...

Um banho de chuva pode ser revigorante. :)

Beijo