9.02.2008

Das desventuras (...)



Era a própria flor da pele. Tudo lhe feria. Das coisas importantes como a falta de bondade no mundo, até as tolas como suas pequenas vaidades e orgulhos.
Não sabia o que fazer com isso. Com essa tristeza quase sempre sem resposta, com a expectativa do depois que uma vida de mil anos não poderia suprir.
Sua garganta fechava e doía como quando comia camarões, o ar também lhe faltava.
Seu nariz ficava vermelho e logo lágrimas brotavam como enchentes em seus olhos.
Se lhe perguntassem o porquê de tanto drama, ela piorava.
Preferiria explodir em mil pedaços a tentar responder àquela pergunta que, embora sem resposta, tanto lhe definia.




3 comentários:

Salve Jorge disse...

Apenas drama
Cara dama
De quem ama
Se importa
Abre as portas
E ao contrário dos marmotas
Sente
Que podia ser diferente
Tanta gente que mente
E só deixa espinhos
Pelo caminho
Faz parecer estar sozinho
Numa lonjura
Desaparece com a cura
Que desventura
Mas a gente acha...

Vinícius disse...

.

sensibilidade em alta, né?!

abração...

.

Quintino d'Souza disse...

completando Jorge (Salve!)

... e se achando
tudo passa
como uvas passas!
Desabafa
tira dos ombros
a pesada estafa
vai ao longe
esquece os passos
não olha para trás
esquece num lugar ermo
as derrotas e os erros
volta pra casa
entoa uma canção
esquece o drama
e sorria
mas não te esqueces
camarão,
você não comer não podes!