É fato. Experimentar a vida é bem mais difícil do que parece.
Não se trata somente de aproveitar o melhor das situações e das pessoas esperando que a vida seja boa, que você não se apegue a nada indevido e que tudo termine como gozar num pôr de sol chuvoso na beira de uma praia morna.
Agente se apega ao indevido, as situações se tornam bizarras, as pessoas misteriosas e estranhas demais.
Tudo seria simples, se todos percebessem a impossibilidade das ambições humanas mais mesquinhas. Não se pode pertencer nem se pode possuir ninguém.
A realidade é outra história, longe demais do seu oceano. Uma história que talvez, não deva receber qualquer intervenção.
Você até se lembra do objetivo original de fazer da vida “sempre , o meu passeio público, e ao mesmo tempo fazer dela, o meu caminho só, único ” (ai, Lulu). Mas no final das contas, na prática a teoria é outra.
Você não quer interferir no que é belo, e o que é belo se desafaz nas baixas das marés.
Olha pra trás e sente que era doce o sabor da acomodação. Não adianta alertar ao passado, se não sobra nenhum arrependimento.
A vida é deliciosa, mas muito, muito amarga.
Tomo um gole... desejo me acostumar um dia.
Aqui por mim...fica uma última impressão: Estou adorando o amargo, a dúvida, a dor...e o que vier....que seja assim, espontâneo como um beijo roubado sem querer.
2 comentários:
"vai que me espera com boas notícias o inesperado..."
Viver, às vezes, é falta de opção.
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